Arquivo Histórico
Composto por documentação desde o ano de 1410 até 1909. Fundo documental de grande valor histórico constituído por documentação respeitante à família Cirne Madureira, oriunda da cidade do Porto. Fortalecida pelos privilégios concedidos pela Coroa, esta família soube sempre aumentar o seu património e rendimentos ao longo de gerações, quer pela concentração dos morgados, quer pelas alianças através de casamentos com outras famílias proeminentes. Adquirido pela autarquia de Matosinhos em 1966.
Arquivo Fotográfico
O primeiro atelier industrial de fotografia de Matosinhos foi fundado por Alfredo Vieira Ferreira, mais conhecido com A. Vieira, na rua Brito Capelo. O anúncio foi feito em 12 de junho de 1898. Alfredo Vieira aprendeu a arte fotográfica no reconhecidíssimo Estúdio Casa Emílio Biel. A. Vieira executava trabalhos fotográficos de estúdio e do quotidiano de Matosinhos, desde as lavadeiras do Rio Leça, pescadores, cenas do movimento agrícola, porto leixões, reportagens de visitas oficiais, etc. O Espólio é constituído por um total de 215 espécies fotográficas, sendo que existe negativos de vários formatos e suportes. É composto por documentação fotográfica desde o ano de 1900 até 1940. O espólio foi doado à Câmara Municipal de Matosinhos pelo Fórum Matosinhense, na pessoa de Américo Freitas.
Matosinhos no século XIX, por José Zagallo Ilharco
José Zagalo Ilharco (Lamego, 1860 – Porto, 1910) foi um fotógrafo amador de grande mérito, distinguido nacional e internacionalmente, tendo-se dedicado sobretudo à fotografia de paisagem, com particular enfoque em Matosinhos, Leça da Palmeira, Porto, Lamego, Guarda e Penafiel. A sua obra inclui ainda retratos de familiares e amigos, bem como registos das casas onde residiu e respetivos jardins. Em 1947, o seu filho, Norberto de Melo Zagalo Ilharco, num gesto de apreço pela obra do pai, compilou em dois álbuns as reproduções das suas melhores fotografias, sob o título “Recordações da Família Ilharco”. Graças a esta iniciativa, o espólio fotográfico de José Zagalo Ilharco chegou até aos nossos dias, tendo passado por várias gerações de herdeiros, que agora decidiram disponibilizá-lo ao público, conferindo-lhe a merecida visibilidade. Através de protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Matosinhos, a família de José Zagalo Ilharco cedeu ao Arquivo Fotográfico Municipal o direito de utilização de 192 imagens digitais, obtidas de impressões em papel realizadas pela família a partir das albuminas originais.