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Forma Autorizada do Nome:
Ilharco, José. 1860-1910, fotógrafo amador
Tipo de Entidade:
Pessoa Singular
Outras Formas do Nome:
José Bernardo Zagalo Ilharco
José Zagalo Ilharco
História:
José Zagalo Ilharco nasceu a 31 de outubro de 1860 na Rua da Pereira, na cidade de Lamego e faleceu a 5 de novembro de 1910, repentinamente, aos 50 anos de idade, na sua casa da Avenida da Boavista, no Porto. Filho do General José Joaquim Ilharco de Sousa Cardoso (1825-1901) e de Márcia Cândida do Couto Zagalo (1839-1911). Está sepultado em jazigo de família no Cemitério de Agramonte.
Quando jovem adulto fixou residência na cidade do Porto, onde se tornou um bem-sucedido homem de negócios, entre outros, nos sectores dos Seguros e do Comércio, tendo-se ainda dedicado, nos tempos livres, a diversas atividades culturais e recreativas, com destaque para a fotografia e a floricultura, interesses que partilhava com o seu amigo Aurélio Paz dos Reis, pioneiro cineasta português.
Contraiu matrimónio com Angelina Ribeiro de Moura (1861-1937) a 27 de janeiro de 1883 no Porto. O casal teve um único filho, Norberto de Melo Zagalo Ilharco (1883-1958), casado com Maria Helena de Magalhães Carneiro (1882-1965), o qual, tal como seu pai, se dedicou aos negócios e à fotografia amadora.
José Zagalo Ilharco foi sócio fundador e diretor do “Real Velo Club do Porto”, tendo em 1893 captado as primeiras e únicas fotografias do grupo de membros da respetiva Direção, bem como do Velódromo, localizado em terreno nas traseiras do Palácio das Carrancas, hoje Museu Nacional Soares dos Reis.
Fotógrafo amador de grande mérito, premiado nacional e internacionalmente, dedicou-se especialmente à fotografia de paisagem, com enfoque em Matosinhos, Leça da Palmeira, Porto, Lamego, Guarda e Penafiel. A sua obra fotográfica, composta por 270 imagens, integra ainda uma série de retratos dos seus familiares e amigos, bem como das casas onde residiu e respetivos jardins.
José Zagalo Ilharco passava anualmente as férias de Verão com a família em Leça da Palmeira, cujas paisagens fotografou entre 1880 e 1894, assim como as de Matosinhos, constituindo essas imagens o núcleo mais numeroso da sua obra.
Foi membro efetivo da “Association Belge de Photographie”, tendo, em 1895, obtido o 1.º prémio em concurso internacional de fotografia promovido por essa prestigiada instituição, com “Paisagem”, representando o Rio Sousa.
Também em Portugal o seu mérito foi reconhecido, nomeadamente num concurso fotográfico realizado em Matosinhos, em agosto de 1889, no qual obteve o 1ºprémio, numa iniciativa de fabricantes de chapas, todos estrangeiros.
Em 1902 mandou construir a sua casa da Av. da Boavista n.º 2609, Pinheiro Manso, Porto, que atualmente ainda é uma das vivendas mais representativos dessa época naquela zona da cidade. O jardim, então conhecido por “Parque Zagalo Ilharco”, obra conjunta do próprio José Zagalo Ilharco e de seu amigo o jardineiro-paisagista Jacinto de Matos (1864-1948), foi considerado “um dos mais graciosos jardins-parques modernos da cidade do Porto”.
José Zagalo Ilharco contribuiu ainda para a divulgação da floricultura em Portugal, ao colaborar na organização de exposições da especialidade no Palácio de Cristal do Porto, em que, para além de dinamizador, foi expositor e concorrente, tendo obtido o 2.º prémio na “Exposição de Rosas” ali realizada em maio de 1890.
Testemunho dessa sua dedicação à floricultura é a reportagem publicada pela “Gazeta das Aldeias” de 20 de novembro de 1910, realizada por Eduardo Sequeira no referido “Parque Zagalo Ilharco” uns dias antes da morte repentina de José Zagalo Ilharco.
Em 1947 seu filho Norberto de Melo Zagalo Ilharco, em testemunho do apreço pela obra do pai, compilou, em dois álbuns, as reproduções das suas melhores fotografias, “Recordações da Família Ilharco”. Graças a essa louvável iniciativa, a obra fotográfica de José Zagalo Ilharco chegou aos nossos dias, após passar por várias gerações de herdeiros, sendo que os atuais decidiram disponibilizá-la para conhecimento do público, assim conferindo-lhe a merecida visibilidade.
Funções, Ocupações e Actividades:
Fotografo Amador
Diretor do Real Velo-Club do Porto
Sócio efectivo da "Association Belge de Photographie"
Regras e/ou Convenções:
CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS - ISAAR(CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Coletivas, Pessoas Singulares e Famílias. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2004, 79 p.
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